sábado, 5 de janeiro de 2008

Mulher sentada com a perna esquerda dobrada.



Talvez não se deva começar pelo óbvio. Por outro lado, isto pode ser uma forma de se tentar iniciar algo do qual não se sabe ainda o que exigir e o que conseguir. A complicação já surge no simples fato da escolha, ou mesmo antes, quando se decide querer escolher algo em detrimento de tentar seguir com todo o corpo da obra. Seria o caso de pegar uma particularidade e universalizar? Não, não se pode fazer isso. Absolutamente. Pegue-se isso e siga-se pensando apenas no que foi quisto como posto, e eis tudo. En avant!

Por que, então, dobrar uma perna? A justificativa está para si ou para outro? Logicamente, não se tem um modelo. Contudo, sendo então tal, como se portar? Deixar-se ir ou deixar-se ser guiado? Mas mesmo esses questionamentos não sejam cabíveis. Sejam unicamente desvios intencionais para tentar burlar um desejo íntimo que não se contém de tentar falar do que não tem um conhecimento total. E que desta forma o seja, por que, mais uma vez, a perna esquerda? É visto que este simples fato – ou ato – acaba por conceder o completo funcionamento do que se pretendeu. Enfim.
Um cenário sem precedentes, e isso é ótimo! Sem qualquer vestígios ou ecos do que foi passado ou do que será vindouro: apenas um vazio necessário para se portar de tal maneira. E que maneira! Entretanto, adiante-se em demasia. A crueza ocre embranquecida do próprio suporte, a inserir-se e insinuar-se timidamente e por vezes quase que se misturando a ela, de forma hora que completa, outras apenas não se terminando, ou antes, não tendo algo terminado em si. E não só a crueza como também a falta de toda e qualquer referência que pelo menos guie as tentativas de se conseguir algo, mínimo que seja, mesmo que não se saiba nem o que seja. É mesmo como se fosse uma falta de abertura, na medida em que isso é possível; algo como que uma total falta de permissão de invasão. Isso, e talvez seja absolutamente isso, pelo menos por hora. Mas o espaço não é tudo e a presença deste não é necessária para tentar compreender toda a situação tua. Voltar então. A perna novamente. Entretanto, antes, tem-se a outra, a direita. E mesmo seja melhor recomeçar por esta. Arqueada também, sim, contudo de maneira diferente, rente ao chão, quase que se esvaindo ligeiramente; descendo. Aberta vertiginosamente, interessantemente, mas talvez ainda não seja hora para tanto. Sobe-se algo pelo corpo, dirigindo-se e chegando a uma leve corcunda não natural, e sim por questão de situação. Uma corcunda esta que se deixa cair para qualquer algo ainda indefinido; mesmo incógnito e talvez isso sempre. Ah, quanta pretensão. Tensão. Isso sim com certeza há, e desta forma adianta-se também. Um braço frágil e longo ou longo e frágil, não é possível saber o que acarreta o que. Por vezes disforme e, mesmo assim, bastante seguro, nem que seja para qualquer insegurança que não quer demonstrar. Isso! Aí já se pode ter algo substancioso, contudo, não para o momento. Este mesmo caminho até chegar-se ao outro braço, que, contudo não se revela, mantendo-se oculto com talvez qualquer algo que lhe dê o suporte do qual parece se valer, mas que ainda não se revela. Então se sobe novamente, e desta vez incognitamente, para se chegar a um ombro misterioso que desemboca inevitavelmente na cabeça ainda não considerada, que se apóia naquela mesma velha perna esquerda dobrada e desta maneira chega-se ao início, sem saber se foi conseguido algo. Parece que a incerteza domina-a completamente e, também a quem a olha. Por vezes sinais tão claros de uma pouca torta forma de felicidade; por outras, uma apatia quase doentia que estanca, porém, sem estancar a si mesma, que continua sempre se emanando e esvaindo-se de forma peculiar. Terminando, portanto, num descer que finaliza em algo que não se completa e surtindo o mesmo efeito no observador, que fica impossibilitado de achar-se e concluir-se ante tal vazio deixado... E o que se resta é subir mais uma vez, a partir do infundamentável para o de mais concreto que, contudo, não se sabe onde apóia toda essa sua concretude. Não se furtar novamente e ir-se em direção a essa perna insinuante que tanto balança, por mais que esteja velada em uma tranqüilidade. E assim, num movimento arqueado, desemboca-se num pedaço de pano ocultador do de mais intrigante. Um pedaço de pano delineador e mais que sugestivo, que faz marcar tão natural e perturbadoramente o sexo. Sim, e a própria vagina se mostra insinuantemente, continuamente, tranqüilamente, a partir de uma ajuda superior, contudo sem epifania. De forma abrasadora, naturalmente, artificialmente, sem se conter, provocantemente... Um movimento simples (posto) que não se sabe entre o quisto e o não quisto, mas que acontece por qualquer motivo e que apenas acaba por aumentar ainda mais a observação tímida e sedenta de quem não consegue saber como se portar. Um erotismo inocente – quiçá virginal se é possível. E numa leve inclinação, a ligação superior ou posterior, o rosto abandonado e abandonando-se, que é logo o caminho seguinte da perturbação vaginal, sendo assim, não a sua resposta, talvez complemento, o que não resolve absolutamente a tensão gerada. Postado horizontalmente, a contrastar com a verticalidade do sexo, deixando-se perceber apenas a inteiricidade de uma das faces, enquanto a outra permanece, mais uma vez, em sigilo. Uma boca e uns olhos que se verticalizam da mesma maneira que o sexo, sem que com isso lhe seja atribuído valor de completude ou resolução, mais uma vez. A indefinição é a marca central e cabal. A perder-se fora de si, não se sabe onde, os olhos vêem também algo de indefinido. Por vezes o próprio observador que lhe dedica obstinada atenção; outras, furtando-se desse contato e esvaindo-se em qualquer outra direção à parte; constrangendo e mantendo em indefinição ainda mais quem lha dedica os pensamentos e acabando por assim definir essa mesma indefinição da qual é capaz e sente-se obrigada a efetuar. E por que não um ímã que tivesse na mesma face ambos os pólos, de forma que se atraia e repila? Por fim, uma postura inteira, opaca, fechada, chapada que escandaliza, acolhe, estorva o atencioso e sedento observador. Estorvo este que parece de toda e qualquer ação possível e imaginável e, assim, demonstrando-se que qualquer uma será mesmo digna e cabível – casamento ou pagamento. Uma apresentação que só consegue burlar a quantidade galopante de impressões. Uma impressão constrangedora e novamente acolhedora – por que não convidativa? – mesmo que não saiba a que convida, quem convida, se convidou. Uma impressão provocante, erótica, que, contudo não castra a retórica incessante e quiçá impotente. E mesmo que estorve em primeira ordem, é incapaz de burlar a maquinação quase que doentia de uma cabeça a trabalhar constantemente para defini-la e definir a si mesmo, mas sem que daí vá resultar alguma redenção. E mesmo as redenções estão findas, se é que já existiram. Ainda assim, uma mania, uma tara incessante por ela, por aquele mesmo óbvio, que é o que se tem, e só se pode tentar trabalhar com o que se tem. Isso. Uma tara incessante, intensa, que, por mais que se tenta, não consegue parar de considerar e imaginar, neste alto do que é compacto e do que se esvai. Um movimento parado, belo e sem pudor, ao qual sempre se tenta e tentou e que, indefinidamente, continuará até a situação final, em que a contemplação facial e vaginal seguirá até o desfecho vital ou catacumbal.

13 comentários:

[patife] disse...

muito bom ler este post depois dos ocasionais encontros, após minha nova aquisição, e agora que minha relação com schiele se estreitou e se expandiu. nao sei bem o que dizer do texto, talvez o não-dito seja mais digno.

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